quinta-feira, 28 de abril de 2011

Organização diz que pista da Indy não é mais problema



ANDREI SPINASSÉ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


Criticado pelos pilotos no ano passado, o pavimento do circuito do Anhembi não preocupa mais a organização da São Paulo Indy 300. Todo o trecho asfaltado ganhou uma nova camada, e o concreto do sambódromo recebeu ranhuras a fim de que os carros tenham a aderência adequada. As obras foram feitas para que os problemas de 2010 não se repitam.


Andrei Spinassé/Folhapress
Reta do sambódromo, que foi lavada nesta quarta-feira
Reta do sambódromo, que foi lavada nesta quarta-feira

Logo no primeiro treino da edição inaugural da prova percebeu-se uma falha: simplesmente os pilotos não conseguiam manter-se em linha reta no sambódromo porque o concreto estava extremamente liso. Como não havia solução imediata, a sessão classificatória foi adiada para a manhã de domingo. Assim, após as atividades de sábado, começou a ser feita uma fresagem no trecho. A operação foi bem-sucedida, mas deixou muita poeira, que atrapalhou a visibilidade dos competidores na largada.

Fora isso, as retas de av. Olavo Fontoura e marginal Tietê tinham muitas ondulações. Era perceptível o desconforto dos pilotos, que não ficaram satisfeitos com a situação.

Mas, para este ano, a organização da prova diz estar tudo bem, embora ainda haja partes onduladas na pista. "Essas ondulações não são nada perto das do ano passado", afirmou Daruiz Paranhos, diretor operacional da prova. A mistura de asfalto, segundo Tony Cotman, projetista do circuito, é a mesma que foi usada em Interlagos.

Entretanto, diferentemente do que aconteceu no tradicional autódromo, o novo pavimento do circuito de rua voltou a receber carros de passeio e caminhões logo após a nova camada ser aplicada.

Sobre o concreto do sambódromo, Paranhos também está tranquilo. "Fizemos ranhuras com máquinas específicas, levamos vários tipos de carros de corrida para deixar a pista com um 'grip' bem bacana. A aderência do concreto não vai contrastar com a do asfalto", afirmou.

De acordo com Cotman, a primeira curva, depois da reta do sambódromo, está quase um metro mais larga do que no ano passado e tem mais área de escape. Além disso, zebras foram removidas das curvas seis, sete e nove.

A drenagem, outro problema de 2010, também foi levada em consideração. "Depois da corrida do ano passado, quando houve uma chuva forte, notamos que havia seis pontos de drenagem que precisariam ser melhorados e fizemos isso", declarou Paranhos, que não espera chuva para o fim de semana.

O traçado, que propiciou 93 ultrapassagens em 2010, continua o mesmo. Possui 11 curvas e 4,080 km. A maior reta, a da marginal, tem 1,5 km de extensão, sendo a mais longa do calendário da Indy.

O circuito do Anhembi ainda não estava totalmente pronto na manhã desta quarta-feira. Alambrados eram colocados na av. Olavo Fontoura, por exemplo. O que faltava ser feito para a corrida de domingo, na verdade, era pouco em relação ao que já estava concluído

Fonte: A Folha de SP

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